Em 2004, foi criado o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), para monitorar e rastrear o algodão através de etiquetas com sequência numérica de código de barras que são fixadas nos fardos assim que a algodoeira processa o beneficiamento.
Além de permitir rastrear os fardos, o código de barras auxilia o trabalho de classificação por High Volume Instruments (HVI), facilitando a identificação das amostras enviadas pelas algodoeiras para classificação visual e análise nos laboratórios de HVI. O sistema também beneficia a operação, facilitando o controle e manuseio dos fardos, seja por parte da algodoeira, do produtor ou do comprador.
Modelo brasileiro
O modelo adotado (EAN 128 - subvenção B) foi baseado no sistema implantado pelo United States Department of Agriculture (Usda) - utilizado como padrão internacional e aceito por todos os grandes países produtores e consumidores - e vem apresentando uma evolução constante em parceria com a GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação.
O padrão atual utiliza um código de série de unidade logística do padrão Serial Shipping Container Code (SSCC) - um dos mais importantes identificadores de aplicação usados na rastreabilidade de produtos - contendo 18 dígitos, antecedidos por um prefixo de dois dígitos (00) que identificam o tipo de código EAN/UCC. É um sistema simples, prático e muito seguro para a rastreabilidade dos fardos de algodão, que pode ser implantado por todos os produtores e algodoeiras sem grandes investimentos.
O formato aprovado especifica os componentes mínimos de qualidade que são necessários para a identificação e comercialização do fardo. O sistema assegura que não serão geradas duas ou mais etiquetas com o mesmo número em uma única safra e que este número não se repetirá. O processo é monitorado pela Abrapa, o que garante que somente algodoeiras cadastradas no SAI utilizem o sistema.
Principais vantagens para a algodoeira:
- Oferta de um sistema único e confiável de identificação dos fardos;
- Facilidade para vender o algodão no mercado externo;
- Agilidade na obtenção dos resultados de classificação pelos laboratórios;
- Participação no processo que é adotado praticamente por 100% dos beneficiadores, por exigência do próprio mercado e de seus clientes.
Evolução
Recentemente, a Abrapa melhorou o serviço de rastreamento dos fardos, que pode ser consultado por meio do sistema SAI no portal da associação.
Além disso, graças a investimentos em modernização, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), os sistemas foram unificados em uma só plataforma em que os bancos de dados se comunicam, permitindo o cruzamento de informações de produção das algodoeiras e um mapeamento mais detalhado do comportamento da safra.
As algodoeiras também evoluíram e a maioria delas já possui programas informatizados para, uma vez informado o código, fornecer todas as características adicionais como peso do fardo, nome da algodoeira, produtor e dados da classificação.
Veja:
Rastreamento de fardo >
Rastreamento de algodoeira >